Centro de Recuperação
Coronel Edson Ferrarini
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Dedicado à este que tem salvo muitas vidas do sofrimento
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NORDESTE - O RISCO DAS DROGAS
o que podemos fazer ?
Fonte e publicação:
O Estado de São Paulo
Não estamos livres !
Nordeste corre risco de aderir à heroína
Perigo das drogas
Atualizado 12 Outubro de 1999-BRASIL
A região em que cresce a planta da maconha pode ser usada
também para matéria-prima de drogas fortes
A região do Polígono da Maconha, em Pernambuco, principal
área de plantio da erva Canabis sativa no Brasil, apresenta também
as condições de clima e de solo necessárias para o
plantio da papoula, matéria-prima da heroína e do ópio,
drogas geralmente fornecidas ao mundo por países da Ásia.
Um eventual aumento da demanda interna, hoje incipiente, ou a repressão
isolada nos países do Sudeste Asiático que produzem a heroína
pode tornar o Brasil atraente para os grandes cartéis dessa droga.
O alerta foi feito à Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) pelo
italiano Giovanni Quaglia, assessor da presidência do Programa da
Organização das Nações Unidas para o Controle
Internacional de Drogas (UNDCP). Quaglia trabalhou nos escritórios
da UNDCP no Brasil e no Paquistão, um dos principais produtores
de heroína no mundo.
Fenômeno semelhante já vem ocorrendo nos últimos anos
na Colômbia e no México, que viram sua produção
de papoula aumentar à medida que crescia a ofensiva para a erradicação
do plantio na Ásia. Na Tailândia e no Laos, países
integrantes do chamado Triângulo do Ouro, a produção
anual de cocaína caiu de 260 para 8 toneladas. No Paquistão,
a produção baixou de 800 para 24 toneladas.
Com o conseqüente aumento do preço da droga, a Colômbia
e o México, países que não tinham tradição
em heroína, passaram a produzi-la para atender principalmente à
demanda norte-americana. Além disso, a heroína da Colômbia
tem grau de pureza maior que a asiática, permitindo que seja aspirada
em vez de injetada ou fumada.
O secretário da Senad, Walter Maierovitch, alerta: “Os programas
de culturas alternativas não podem ser feitos dessa maneira isolada,
que leva a criar o fenômeno do pêndulo, com a simples mudança
do pólo de produção de uma região para outra.”
Para ele, atualmente ainda não há mercado cativo para a heroína
no Brasil como existe na Europa e nos Estados Unidos. “Mas, se houver uma
estabilidade nesses mercados, a heroína que hoje só passa
pelo Brasil poderá também ficar no País”, adverte.
(Rogério Wassermann)