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Jesus Cristo é o Senhor!

Leia meu testemunho de vida:
Um início difícil
Eu nasci em Osasco-SP em Setembro de
1969. Minha família não tinha na época opção alguma de conforto, apenas um árduo
labor na insistente esperança de manter a família e educar os dois filhos gêmeos
recém-nascidos. Vivíamos em um barraco, incrustado no meio de uma multidão de
muitos outros, num sobe e desce de morros interminável, num daqueles bairros de favela
típicos das periferias mais pobres da gigante São Paulo.
Desde muito pequeno meus pais me ensinaram o valor que o trabalho tem,
bem como a honestidade e a sinceridade. Creio que, seu aplicasse pelo menos metade das
virtudes que ele insistentemente lutou para me transmitir, eu seria o mais perfeito dos
homens. Mas os homens são imperfeitos, e eu fui.
Muitos anos se passaram e minha família finalmente pôde usufruir de um
momento de descanso, mas bem longe de São Paulo. Não tínhamos casa e o velho carro que
possuíamos era utilizado quase que exclusivamente para o trabalho, mas para uma família
de origem tão simples, isso era o céu. Sem fome, sem a tristeza de não poder comprar
uma roupinha simples que fosse. Mas sempre mantendo em mente os valores aprendidos após
anos de sofrimento. Estávamos, depois de muitas voltas, resisindo em uma cidade chamada Alta
Floresta, aos pés da grande floresta amazônica, no norte de Mato Grosso.
A separação
De Alta Floresta eu me mudei par a capital, Cuiabá, aos 18 anos de
idade, para poder continuar meus estudos e tentar entrar para a universidade. Para trás
ficavam minha mãe Antonia, meu pai Nereu, minha irmã gêmea Sílvia e meu irmão caçula
Leandro, as pessoas a quem eu mais amava. Comecei a trabalhar e a vida de solteiro acabou
me envolvendo nas circunstâncias de uma juventude sem acompanhamento. Coisas muito ruins
realmente passaram a fazer parte da minha rotina. Meu emprego estava constantemente em
risco, por causa de minhas próprias atitudes. Mas eu trabalhava, como sempre trabalhei,
com muito afinco e vontade.
Eu era, aos vinte anos, um jovem nem de longe comparável ao garoto de
18 anos que se mudara para longe dos pais. Muitos dos meus valores estavam, quando não
adormecidos, furiosamente calados pela minha natureza angustiada e rebelde, odiosa e
intolerante. Eu já era universitário e tinha um emprego do qual me orgulhava. Meu
círculo de amigos era de alto nível social, mas de péssimo nível espiritual e de
caráter.
Incertezas
Meus pais, então, se mudaram para Cuiabá, num dos raros momentos de
prazer que eu pudera obter da vida naqueles últimos dois anos. Éramos uma família
novamente, e eu desejava ardentemente isto. Mas não estava acontecendo como eu queria. O
"bon-vivant" já não se enquadrava muito bem no papel de filho exemplar. A
angústia da minha alma cresceu e me perturbou até às idéias, e eu estive por vários
meses sem saber o que esperar da vida, e lançado por mim mesmo ao vai-e-vém das ondas de
um destino obscuro.
Minha antiga namorada, Luciana, que tanto me fizera falta e que tanto
fizera falta ao que eu acreditava ser o sentido de minha vida, reaparece, com a alma tão
despedaçada quanto a minha. Soubemos sem palavras que o lugar de um era ao lado do outro,
e formamos um compromisso de casamento. Quando pensei que tudo estivesse se encaminhando a
um final feliz, a angústia tomou definitivamente conta de minha alma, pois eu não tinha
nada que pudesse oferecer ou contribuir para formar uma família: nem bens, nem
condições financeiras, nem caráter, nem moral.
Pelo que eu disse: Ah! quem me dera asas como de
pomba! então voaria, e encontraria descanso. (Salmo 55:6)
A viagem
Viajei para Londrina, onde ela morava, e noivamos em Novembro de 1990. A
viagem de ida foi muito tranqüila, a não ser por uma jovem que, sentada ao meu lado, me
falou calmamente de Jesus Cristo durante quase toda a viagem de ida. As suas palavras me
incomodavam em muitos momentos, mas me atraíam em poucos outros.
Mas um acidente terrível marcou para sempre a minha vida. Na viagem de
volta, um choque frontal com um caminhão lançou nosso ônibus no aterro à margem da
estrada, que era muito alto, e eu pude contemplar a miséria da carne humana diante das
circunstâncias. Naquele momento, eu entendí que deveria havia um sentido maior para
continuar vivendo que não simplesmente o compromisso de um casamento, uma vida vivenciada
em família, ou a companhia de amigos, ou estudos. Fiquei vários dias caminhando com
dificuldade por ter sido atirado contra o teto do veículo durante a queda.
A visita
Alguns dias depois, um colega de trabalho me convidou para participar de
um culto evangélico e eu, que já havia desprezado seus convites esporádicos algumas
vezes, fiquei constrangido a não desprezá-lo mais uma vez, e fui. Era uma noite de
sábado, e o primeiro culto que aquela pequena congregação de
pessoas fazia em noites de sábado após vários anos. Eu era, entre outros quatro ou
cinco, um convidado. Quando entrei naquela Igreja senti uma forte sensação de rebeldia e
arrependimento por estar ali. Meu maior desejo era tornar atrás, mas entrei.
As paredes daquela velha e suja casa aumentada de Cohab não tinham
quase reboco algum. Não havia forro, não havia piso. A rua não tinha asfalto, e apenas
duas luzes iluminavam sua extensão, coberta de mato. Dentro daquela Igreja, porém, sete
pessoas cantavam hinos de louvor com sorrisos francos estampados em seus rostos. Nós
permanecíamos o tempo todo em pé, pois haviam apenas dois bancos em péssimo estado onde
se pudesse sentar, e não se sentariam todos. Em minhas mãos, dois folhetos onde estavam
datilografadas as letras dos hinos. Eu mantinha meus olhos o tempo todo nessas folhas, a
ponto de quase decorá-las. Raros os momentos em que eu olhava em redor. Em meu interior
eu tentava compreender a atitude daquelas pessoas, que riam e cantavam louvores no meio de
tanta miséria. Um absoluto e inegável sinal de fanatismo, que os cegava a ponto de não
reconhecerem os problemas e a realidade a seu redor. E essa realidade, com certeza, não
me servia.
Ao fim do culto, fui levado em casa por meu colega de trabalho, o
Júnior e, uma vez lá, tranquei-me em meu quarto, prostrando-me e agradecendo em minha
reza diária do Pai-Nosso e Ave-Maria antes de dormir, embora eu tivesse lá no fundo do
meu consciente uma impressão de ter desagradado a Deus com minha atitude de desprezo
àquele culto. Na mesma reza, porém, garantí a Deus que nunca mais em minha vida inteira
colocaria os meus pés em uma Igreja Evangélica. Encurvei minha cabeça e dormí.
Um fato estranhamente novo
Bem-aventurados aqueles cujas iniqüidades são
perdoadas, e cujos pecados são cobertos. (Romanos
4:7)
O outro dia era um domingo e eu sempre acordava por volta
das dez ou onze horas da manhã. Mas naquela manhã acordei às seis horas (como pude
perceber alguns minutos depois olhando no relógio), e todos em casa ainda dormiam. Meu
despertar foi num salto, e sentia meu corpo estremecer. Uma felicidade indescritível
tomava conta de mim, uma euforia inexplicável. Eu me levantei de minha cama e dei uns
saltos de alegria, esmurrando o ar, mas contendo um grito que certamente acordaria a
todos. De minha boca saía um jubiloso sussurro, dizendo "Glória a Deus!", e
repetí instintivamente isso por mas duas ou três vezes.
Provai, e vede que o Senhor é bom;
bem-aventurado o homem que nele se refugia. (Salmo 34:8)
Ainda de pé, sentia uma alegria muito grande, mas estive
um pouco desconcertado. Instintivamente procurei compreender o porquê daquilo, e
compreendí. Eu era um pobre necessitado de perdão e misericórdia, e os recebí. De meus
olhos rapidamente saltaram lágrimas espontâneas, e chorei. Ajoelhei-me à beira de minha
cama e chorei, durante um longo tempo. Eu não conseguia conversar com Deus como eu sabia
que podia, mas não me preocupei com isso. Em meu coração eu sentí, pela primeira vez
na minha vida, a presença do Espírito Santo de Deus. Eu nunca soube o que, afinal, Deus
realizara em mim durante meu sono, mas eu via claramente os resultados.
Pelo que, se alguém está em Cristo, nova
criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. (2 Coríntios 5:17)
Um novo mundo se abriu para mim. A partir daquela manhã
eu enxerguei coisas novas, e em minha mente muitas coisas se esclareceram tão rapidamente
que eu tive a convicção de que eu havia recebido uma íntima e profunda experiência com
Deus. Experimentei ler a Bíblia que há tantos anos ficava
repousada sobre a TV em minha casa. À medida que eu lia eu conseguia compreender
totalmente o que estava sendo dito: eu, que nunca conseguia passar do primeiro ou segundo
capítulos.
O amigo ama em todo o tempo; e para a angústia
nasce o irmão. (Provérbios 17:7)
Naquele dia eu procurei de todas as maneiras entrar em
contato com meu colega Júnior, que na noite anterior me levara ao culto, na esperança de
poder tornar àquele lugar e participar novamente do culto, mas dessa vez, me dedicando em
perceber a mensagem pastoral, o significado dos louvores e, especialmente, compartilhar da
alegria que eu estava sentindo. Mas não conseguí. Passei um domingo angustiante, e
sentí uma certa revolta.
Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os
vossos corações. (Hebreus 4:7b)
Recomeçar foi possível
No outro dia, logo cedo, me encontrei com meu colega na
empresa, levando-o a um lugar mais privado. Relatei a ele minha experiência e, jubilante,
lhe revelei meu desejo de poder participar mais algumas vezes dos cultos. Sua surpresa era
clara e aparente. Rapidamente me acompanhou, me ajudou e esclareceu para mim muitas
dúvidas que eu tinha, e que eu franca e abertamente lhe apresentava.
Me casei apenas seis meses depois, muito tempo antes do
previsto. Não gosto de falar sobre prosperidade pois de fato a bênção de Deus não
está vinculada a dinheiro, mas não posso negar a mão do Senhor nessa área da minha
vida. Nos seis meses até o meu casamento recebí uma proposta de emprego onde passei a
ganhar três vezes o que eu ganhava, e que me permitiu comprar os móveis e todo o mais
necessário para montar meu futuro lar. Também comprei um automóvel. E passei a ser um
dizimista fiel.
Dei muita liberdade para Jesus trabalhar em minha vida
espiritual, emocional e material. Deixei de todas as coisas ruíns que eu fazia. Alguns
amigos da universidade entraram em choque comigo, de maneira que nossos pontos de vista
já eram inconciliáveis. Por outro lado, fiz daqueles novos amigos da Igreja uma
família. A medida que os anos foram se passando, se achegaram e receberam semelhante
experiência minha irmã, minha mãe, meu irmão caçula e, para fechar com chave de ouro,
meu pai, um homem rígido e duro de coração nas questões religiosas.
Responderam eles: Crê no Senhor Jesus e serás
salvo, tu e tua casa. (Atos 16:31)
Hoje, seis anos após aqueles dias de glória e júbilo,
sou um homem em franco crescimento em minha vida espiritual, e contemplo alegremente meus
amigos obtendo vitórias na caminhada. Alguns caíram, outros permanecem de pé. Muitos e
muitos outros se levantaram do nada, exatamente como eu. Mas todos, certamente, não
podemos negar a fidelidade daquele que deu a sua própria vida em troca da nossa: Senhor
Jesus, digno de glória.
A grande surpresa
Após sete anos de fé cristã, posso afirmar que Jesus Cristo pode
transformar a vida de qualquer um. Jesus Cristo, em seu tempo, não deu importância
alguma aos que consideravam a si próprios detentores da salvação, mas o seu coração
estava inclinado para os pobres, os doentes, os mendigos, as prostitutas e os ladrões que
demonstravam o arrependimento. Mas haviam também famílias, trabalhadores e pessoas muito
ricas também. Jesus Cristo não fazia diferença alguma entre ninguém.Mas ele sabia que,
quanto maior o sofrimento, mais facilmente alguém se aproxima de Deus.
Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a
minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.
(Apocalipse 3:20)
E assim é até hoje. Jesus Cristo está presente avaliando os
verdadeiros corações mendigos, e os verdadeiros corações nobres. Ele está realizando
o grande derramamento do seu Espírito Santo, concedendo de graça a vida aos ladrões e
prostitutas que se arrependem, e a todo aquele que simplesmente desejar.
Acontecerá depois que derramarei o meu Espírito
sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos anciãos terão
sonhos, os vossos mancebos terão visões; e também sobre os servos e sobre as servas
naqueles dias derramarei o meu Espírito. (Joel 2:28-29)
Mas para receber a graça, deve-se tomar a posição da humildade. É
necessário saber que somente Jesus Cristo é o elo da salvação, o elo que une Deus e os
homens. É necessário reconhecer a própria situação. Um coração duro, que não se
submete ao amor, não conseguirá jamais alcançar a salvação de Deus através de Cristo
Jesus. Se você que lê possui a centelha do amor de Deus acesa em seu coração, leia
essa minha carinhosa mensagem, e reflita.
Porque, se com a tua boca confessares a Jesus
como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será
salvo. (Romanos 10:9)

Se você deseja ter uma experiência com Deus como a
que eu tive, creia que este é o momento: esta é a hora. Quero poder ajudar-te neste seu
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