O Overtrainning (excesso de treinamento) acarreta uma situação de fadiga prolongada, com redução de performance. As alterações fisiológicas envolvem tanto as funções musculares e hormoniais, como também as imunológicas. Os sinais clínicos de overtrainning são variados e inespecíficos, provocando, normalmente: pernas pesadas, dores musculares, aumento do pulso basal (batimento cardiáco ao acordar), menor motivação para treinar, perda da libido, pertubações do sono, infecções frequentes, diminuição de peso, depressão psicológica e dificuldade em manter o ritmo desejado nos treinos. Deve-se levar em consideração que a maioria desses sinais não são unânimes nas pesquisas. No que se refere à pulsação basal, ela se mostrou alterada em dois trabalhos científicos, um de 1985 e outro de 1986. Já em pesquisas mais recentes, de 1990, 1992 e 1994, não foram detectadas alterações. Então, o melhor caminho para perceber os sinais de fadiga e overtrainning é avaliar se o atleta está cansado, dolorido ou irritado.

Para evitar que o organismo do atleta sofra com a grande intensidade de atividades físicas, é preciso se prevenir, através de um equilíbrio entre treino, descanso e alimentação. Em vários estudos foram relatados que os fatores nutricionais são de grande importância na prevenção do overtrainning e que toda dieta, independente da modalidade, deve atender às necessitades calóricas do treino, visando, especialmente, a ingestão de carboidratos.

O organismo armazena carboidratos, como o glicogênio, no músculo e fígado. Estes estoques duram, aproximadamente, 1h30, durante uma atividade física moderada. Sessões que se aproximem ou ultrapassem esse tempo necessitam de reposição durante ou imediatamente após o exercício, para que as reservas possam ser repostas ou poupadas. Em relação a situações de repouso, o ideal é que as refeições tenham o menor intervalo possível, de duas a quatro horas. Devem ser feitas, no mínimo, quatro refeições por dia e, à noite, é aconselhável que elas sejam menores.