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1. A concessionária não investe dinheiro próprio -- por não ter os recursos ou por não querer investir. Logo, o dinheiro para investimento (ou para pagar empréstimos bancários) precisa ser tirado do usuário. E o valor é elevado.
2. A cultura empresarial brasileira não considera retorno a médio ou longo prazo -- o lucro tem que ser imediato (se possível, investir hoje e ter retorno ontem).
3. O usuário brasileiro paga, sempre, qualquer valor que venha a ser cobrado (de serviços, mercadorias, impostos), por ignorância, por comodismo, ou por acreditar que não adianta nada reclamar....
Tomemos como exemplo os EUA, de cultura tão influente sobre nós, e de quem geralmente deixamos de copiar as coisas boas:
Nos Estados Unidos, a média das tarifas cobradas dos carros de passeio nas praças de pedágio é de US$ 1,00 (ou R$ 2,05 em abril/2007). Com a diferença de que as rodovias norte-americanas têm quatro (4) ou mais pistas de rolamento em cada mão, pavimentação perfeita, sinalização farta e de tamanho ideal, abundante serviço de socorro mecânico e médico (e não apenas uma ambulância por "pólo rodoviário", como no Brasil), patrulhamento por helicópteros, etc. E lá, com nos demais países, rodovia pedagiada é sempre opcional — sempre há outras rodovias, em bom estado, para quem não quiser pagar pedágio (mas talvez tendo que enfrentar tráfego congestionado).
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BRASIL
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EUA
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R$
6,00
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R$
2,05
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2,4
litros
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1,4
litro
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Percentual
do salário mínimo (por tarifa de pedágio) |
1,6 % |
0,12 % |
E
na
comparação
do poder aquisitivo (salário mínimo), a tarifa
média
do motorista norte-americano (carro de passeio), se fosse pagar o
preço do pedágio brasileiro, seria equivalente a quase R$
27,00
(R$ 6,00 x 4,45). Ou seja, um pouco mais de 13 dólares!
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Salário
Mínimo/Brasil: R$ 380,00. Salário
Mínimo/EUA:
R$ 1.690,00
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Câmbio:
2,05 reais para cada dólar e 2,73 reais para cada euro
(abril/2007)
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Preço
médio da gasolina comum no Brasil: R$ 2,50/litro
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Preço
médio da gasolina comum nos EUA: R$ 1,46/litro
(Galão = US$ 2.70 --> US$ 0,71/litro, em
abril/2007)
- Aqui o motorista não pode optar por estradas sem pedágio (sintomaticamente chamadas "rotas de fuga"), como nos outros países, nem pode escolher uma concessionária concorrente. É a ditadura rodoviária.
- Alguns alegam que na França o pedágio custa mais que o dobro do brasileiro. É verdade. Mas lá o salário mínimo (R$ 3.412) vale 9 vezes o do Brasil. Na Espanha também o valor é mais de duas vezes maior que o nosso, mas naquele país o salário mínimo (R$ 1.556) é mais de 4 vezes maior que no Brasil...
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Por
não visar ao lucro e por ter a função
constitucional
de garantir o direito de ir e vir do cidadão, o governo poderia
(e deveria), ele próprio, cobrar pedágio. Mas a um valor
que poderia ser até 6 (seis) vezes menor do que as
concessionárias hoje cobram e,
ainda assim, construir e manter as rodovias em perfeitas
condições.
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Veja outros sites de protesto contra os pedágios, no exterior:
• Citizens
Against Tolls (Cidadãos Contra
os Pedágios, EUA) --
http://users.nac.net/jmp/tollfree/fair.html
• National
Alliance Against Tolls (Aliança
Nacional Contra os Pedágios, Reino Unido) -- http://www.notolls.org.uk/roadpricing.htm