![]() Garbage Tom Zé Câmbio Negro Catalépticos P&R Lobão Cowboys Espirituais Max Cavalera COLUNISTAS CINISMO ALTO-ASTRAL por Émerson Gasperin ESPINAFRANDO por Leonardo Panço OUTROPOP por G. Custódio Jr. PENSAMENTOS FELINOS por Tom Leão ROCK & RAP CONFIDENTIAL por Dave Marsh atenciosamente, por rodrigo lariú CORRESPONDENTES INTERNACIONAIS A DECADÊNCIA DO IMPÉRIO NORTE-AMERICANO por Cassiano Fagundes WICKED, MATE por 90 BR-116 Pequenas Capitanias Comédias Outros Carnavais Por Fora do Eixo Arroz com Pequi Loniplur-RJ Das Margens do Tietê Distancity Leite Quente Londrina Chamando HISTÓRIA Leia no último volume Canalha! Miniestórias RESENHAS Damned NME Premier Festival (shows) Delgados Punk Rock Stamp Fellini (show) Plastilina Mosh Neutral Milk Hotel Fury Psychobilly Gastr Del Sol Pólux Afghan Whigs Ritchie Valens Marcelo D2/ Resist Control (show) Limbonautas Cartels Babybird Elliot Smith |
PENSAMENTOS FELINOS TRATEM BEM AS GAROTAS, CARAS Amigos, é incrível o que vem acontecendo atualmente aqui no Rio (e deve rolar coisa parecida em outras cidades), principalmente, na relação entre homens e mulheres na noite. Como DJ, eu presencio de perto coisas que são de dar raiva e pena. Explico: há uma horda de machos que, marombados e com raiva e libido represados, sai à noite pra caçar, literalmente, sem o charme antigo da paquera casual, sem o jogo do flerte, tão gostoso. Eles agora não medem palavras - nem mãos - com as mulheres. Elas passam e eles passam a mão grande, agarram, atacam na moral. E quando a garota reclama ou xinga, LEVA NA CARA! Já vi várias, inclusive a irmã de uma amiga minha, franzina, gente fina, educada, ser tratada assim. Resultado: existe um superávit de mulheres legais e bacanas na cidade que, em vista disso, está deixando de sair, de ir a determinados clubes ou lugares, porque não querem ser tratadas dessa maneira. Não são aquele tipo de mulher, falsas louras, que saem com vestido preto apertados que dá pra ver lá dentro da calcinha, aventureiras, em busca de jogadores de futebol ou cantores de pagode n'algum bar da moda. São garotas espertas, esclarecidas, liberadas sexualmente, geração 2000, que só querem encontrar um cara legal para conversar sobre aquela música, aquele filme, e, quem sabe, trocar uns beijos, uns amassos ao som de um drumnbass, trance ou rocknroll legal na pista. O amigo malandrão deve pensar: "pô, isso é bom, assim sobre mais minas pra gente". Isso até rola, mas se elas ficarem entocadas e com medo dos homens, de que adianta? O que tem que rolar é uma melhoria na relação entre os sexos. Grande parte da juventude de hoje não só está totalmente imbecilizada, como também perdeu a noção de um monte de coisas. É o cara que tem tudo fácil, que não corre atrás de nada, talvez incentivado por certas músicas, por certos programas de TV, pela nossa atual política canalha, que acha que basta se dar bem e pronto. Assim, mulher é só pra usar e jogar fora. E o pior é que existem mulheres que fazem esse jogo ou se submetem a ele. Essas a gente despreza. Aí você se pergunta de novo; "pô, isso é papo desse cara pra comer gente". Amigo, nem preciso disso. O que tem de garota legal à solta aqui no Rio, a procura de um cara que apenas a trate bem, não está no gibi. Se eu quisesse (e pudesse, claro, já estou ocupado) faria uma festa, pois são tantas - e tão legais - que dá vontade de levar para casa só para livrá-las desse tipo de situação. Elas não querem só um camarada na modinha (furado, tatuado), nem com grana, nem fortão ou bonitão, que seja DJ, ande de skate ou tenha banda de rock, como manda o clichê MTV, elas querem homens com atitude, que as tratem com respeito e inteligência, e que saibam dar carinho e apoio nas horas certas. Pense nisso na próxima vez que for azarar alguém. P.S.: um beijinho pra Fernanda Takai - calma, John! - por ter elogiado o meu texto anterior... Tom Leão é DJ, editor do Rio Fanzine no meio do Segundo Caderno do Globo de domingo e agita a festa/site Electric Head Os textos só
poderão ser reproduzidos com a autorização dos autores |