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LOS HERMANOS Chora Por Alexandre Matias Se você conhece alguém no Rio que acompanha a cena independente local, pergunte pra ele qual é a banda que vai acontecer este ano. A cada 10 respostas, nove apontarão Los Hermanos como sendo o próximo carioca a despontar para o sucesso. Os motivos para este sucesso iminente são diversos. Mas os principais são o extremo apelo popular do grupo e o fato dos caras serem bons mesmos no que fazem. Misturam hardcore com música pop cruzando ska, um saxofone, uma flauta transversal, música brega, baladas românticas e punk rock no meio do caminho. E criam uma repertório de baladas de amor tocadas com velocidade e peso de uma banda de HC. Romanticore? Peraê, não vamos inventar um rótulo novo pra cada banda que aparece. O que os Hermanos cantam são músicas típicas do cancioneiro apaixonado brasileiro, aquele que lamenta a perda do amor, chora a solidão e bebe cerveja sozinho no boteco. Sim, desde Ronda e marchinhas de carnaval até clássicos do Fábio Jr. e Odair José, este é o terreno do sexteto carioca. Só coberto com um molho skacore caprichado, que às vezes dá vazão à
pequenas viagens em terrenos musicais tão diferentes quanto rumba, psicodelia ou doo-wop.
A primeira fita do grupo, Amor e Folia, do meio do ano passado, trazia a fórmula ainda
sem um polimento final, muito mais pesada que melódica. Chora já pode ser considerada a fita clássica dos Hermanos, uma vez que a contratação do grupo por uma grande gravadora parece iminente. Se você quer pegar essa onda antes que ela estoure, peça a sua fita por carta (Los Hermanos - A/C Marcelo Camelo - Av. Sernambetiba, 1190/301. Rio de Janeiro-RJ. CEP 22620-171) ou por email (hermanos@uol.com.br ). Os textos só poderão ser reproduzidos com a autorização dos
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