![]() Garbage Tom Zé Câmbio Negro Catalépticos P&R Lobão Cowboys Espirituais Max Cavalera COLUNISTAS CINISMO ALTO-ASTRAL por Émerson Gasperin ESPINAFRANDO por Leonardo Panço OUTROPOP por G. Custódio Jr. PENSAMENTOS FELINOS por Tom Leão ROCK & RAP CONFIDENTIAL por Dave Marsh atenciosamente, por rodrigo lariú CORRESPONDENTES INTERNACIONAIS A DECADÊNCIA DO IMPÉRIO NORTE-AMERICANO por Cassiano Fagundes WICKED, MATE por 90 BR-116 Pequenas Capitanias Comédias Outros Carnavais Por Fora do Eixo Arroz com Pequi Loniplur-RJ Das Margens do Tietê Distancity Leite Quente Londrina Chamando HISTÓRIA Leia no último volume Canalha! Miniestórias RESENHAS Damned NME Premier Festival (shows) Delgados Punk Rock Stamp Fellini (show) Plastilina Mosh Neutral Milk Hotel Fury Psychobilly Gastr Del Sol Pólux Afghan Whigs Ritchie Valens Marcelo D2/ Resist Control (show) Limbonautas Cartels Babybird Elliot Smith |
GARBAGE A imprensa especializada costuma dizer que os integrantes do Garbage são o sonho de qualquer jornalista: bem-humorados e comportados durante as entrevistas, o baterista Butch Vig, os guitarristas Duke Erickson e Steve Marker e a vocalista Shirley Manson são, ao mesmo tempo, completamente selvagens no palco. A banda teve a oportunidade de provar que a fama é totalmente justificada quando se apresentou como uma das atrações principais do último Reading Festival, no interior da Inglaterra. O show foi o último do Garbage no Reino Unido no ano de 1998. Por isso foi marcado pela emoção da escocesa Shirley Manson, que não se cansava de agradecer à platéia pela oportunidade de tocar para um público de aproximadamente 30 mil pessoas. Também, pudera, o Garbage subiu ao palco depois de uma histórica apresentação do New Order depois de um hiato de cinco anos, que deixou a platéia do festival totalmente extasiada. Animar este público teria sido uma tarefa árdua para qualquer um. Não para o Garbage, que exalou energia sem parar na hora e meia em que esteve em cima do palco. No show não faltaram músicas do segundo álbum Version 2.0, como "Push It" e "Hammering In My Head" - além de sucessos do primeiro disco, Garbage, como "Only Happy When It Rains" e "Stupid Girl". Vestida em um sensual vestidinho prateado, a vocalista Shirley Manson mostrou por que é considerada musa inspiradora por uma legião de adolescentes no mundo inteiro: com uma voz impecável, ela mostrou uma incrível presença de palco, mantendo a platéia sob o seu controle o tempo todo. Shirley saltou, se jogou no chão diversas vezes e chegou a descer do palco uma vez, para tocar os seus fãs. Mais low profile, porém igualmente eficientes, os outros integrantes da banda fizeram a sua parte, deixando o brilho por conta da vocalista. Cada qual em um canto do palco, Duke e Steve davam o peso de suas guitarras às músicas, enquanto Butch tocava a sua bateria atrás de uma redoma de acrílico. Shirley, por sua vez, soube aproveitar a boa iluminação e o cenário futurista do palco com fundo acolchoado laranja, igual ao da capa do disco. A receita do Garbage é simples. Junte dois guitarristas mais ou menos obscuros do interior dos EUA com um produtor de grande sucesso (Nota dos Editores: Vig calibrou os álbuns Nevermind e Siamese Dream, respectivamente do Nirvana e Smashing Pumpkins, dois expoentes do rock americano desta década). Adicione uma vocalista escocesa carismática, que compõe letras fortes e polêmicas. Deixe fermentar em estúdio por mais ou menos um ano e lance no mercado. O resultado serão quatro milhões de cópias vendidas no primeiro álbum e mais outros milhões do segundo. Parece fácil, mas quando o baterista Butch Vig resolveu convidar seus amigos guitarristas Duke Erickson e Steve Marker para montar o Garbage, ao qual viria se juntar depois a vocalista escocesa Shirley Manson, ninguém nunca poderia imaginar que a banda chegaria tão longe. Os músicos estão na estrada desde maio para divulgar o segundo álbum, que já alcançou a marca de mais de um milhão de cópias vendidas. Colhendo os bons frutos do sucesso, o quarteto recebeu o 1999 no seu camarim, durante o Reading Festival, e chegou a prometer uma visita ao Brasil em breve. 1999 - Vocês trabalharam por quase um ano nos estúdios da banda, na cidade de
Madison, nos EUA, para finalizar Version 2.0. Como é tocar ao vivo um álbum
tão elaborado? 1999 - Vocês estão na estrada desde maio. Já têm algum show favorito, até
agora? 1999 - Como é o relacionamento da banda com os fãs? 1999 - Vocês esperavam vender quatro milhões de cópias do primeiro disco? 1999 - Como é um dia típico de vocês? 1999 - Shirley tem família e marido na Escócia e, quando não está em
turnê, passa a maior parte do tempo em Madison, nos EUA. Como é administrar essa
distância? 1999 - Até onde as letras das músicas, muito pesadas, são autobiográficas? 1999 - Dá para identificar alguma nova banda que siga o estilo de vocês? A
impressão que se tem é que o primeiro disco foi muito copiado e, agora que vocês
mudaram o estilo no segundo, com mais elementos eletrônicos, tem muita gente fazendo
alguma coisa parecida. 1999 - Ainda é muito cedo para pensar no terceiro álbum? 1999 - Que bandas atualmente vocês gostam mais? 1999 - O que vocês fariam se não fossem músicos? 1999 - Durante a premiação do Grammy houve um incidente em que vocês foram
citados como não estando satisfeitos com a premiação. O que aconteceu? 1999 - Vocês têm planos de tocar no Brasil? 1999 - Qual é a pior parte de fazer turnê? 1999 - Muitas das outras bandas que tocaram aqui hoje vieram de limousine... 1999 - O título de sex symbol ainda a incomoda? Os textos só
poderão ser reproduzidos com a autorização dos autores |