O QUE ENGORDA O BOI É O OLHO DO DONO

A Dona Luiza Erundina no seu discurso sobre educação veio com o mesmo discurso de 500 anos atrás “o professor ganha mal”, motivo para a escola não andar bem.  É óbvio que não é bem isso:  nem professor ganha mal e para a escola andar bem não basta aumentar salário de professor.

Algumas autoridades  já disseram que a verba destinada para a educação daria para manter uma escola pública a nível de primeiro mundo.  Existe um sorvedouro de dinheiro antes de chegar no aluno que convive com carteiras quebradas, banheiros imundos, merendas miseráveis e professores mal humorados e agressivos.  Se dos 19% destinados à educação nada chega ao aluno, não havendo controle nem fiscalização da comunidade, os 30% podem ser destinados à escola que o aluno também não vai ver. 

Dona Marta Suplicy também acha que o “coitadinho” do professor ganha pouco e, para acabar com a violência nas escolas, promete triplicar o número de guardas municipais.  Para acabar com a violência das escolas ela não fala.

O Senhor Romeu Tuma aponta a esposa, diretora de escola à moda antiga, para resolver os problemas das escolas.  Idéias fossilizadas que ele adora.  “Cruz Credo!”.

Nenhum candidato preocupado com as vítimas, que são os alunos, nem com os pais que pagam as contas.  Todos preocupados com o professor, muito cacique para pouco índio!

Os Conselhos de Escola são a pior coisa que pode acontecer, porque ali se cometem os piores abusos em nome dos pais.  As diretoras de escola trabalham muito bem com um dos senhores da humanidade:  O MEDO!  Nesse caso é um medo real.  Se os pais não assinarem o que a direção quer o aluno corre o risco de ser perseguido, uma vez que os professores que estão no Conselho são, quase sempre, os piores da escola e compõem uma “panelinha”.  Pai esclarecido não fica no Conselho de Escola, mas se cala, para proteger seus filhos.  Tem sempre algum pai ingênuo plantado no Conselho pela direção bem como algum professor, com filho na escola, ocupando o espaço do pai, que não é professor.   Nesse caso, tem dois motivos para assinar o que a direção exige.  Ele mesmo poderá ser , tanto ele quanto seu filho perseguidos pela direção.

Professor é empregado e pai é patrão.  Para se discutir dinheiro não dá uma boa mistura, considerando-se que empregado é um inimigo pago, não havendo cobrança ele não produz.  Professor é ser humano também, não é santo.

Um Centro de Defesa de Pais e Alunos, com infra-estrutura, daria o respaldo para que violência e abusos sejam denunciados.  Entre as milhares de situações abusivas que os pais enfrentam estão os alunos fantasma.  Os pais teriam oportunidade de conferir “in loco” o número de alunos na sala de aula. 

A lista de alunos fornecidas pelas DREMs nem sempre são a realidade, papel aceita tudo, as DREMs também, nós não, porque somos nós quem pagamos as contas.

As escolas de São Paulo poderiam ser transformadas no cartão postal da cidade se pudéssemos colaborar; porque O QUE ENGORDA O BOI É O OLHO DO DONO. 

 

Cremilda Estella Teixeira

Presidente

NAPA – Nucleo de Apoio a Pais e Alunos / Fone: 3742-3023