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Recentemente, foi detectada no Vale do São Francisco (PE e BA), causando grandes perdas às culturas de tomate industrial e de cucurbitáceas. Há pouco, sua ocorrência foi relatada também em Mossoró (RN), principal pólo produtor de melão do Brasil, tornando-se uma grande ameaça à cultura. Ciclo BiológicoO ciclo biológico da mosca-branca pode variar de 21 a 45 dias, sendo influenciado principalmente pela temperatura. Os ovos são colocados na face inferior das folhas, numa média de 160 por fêmea. Eclodindo, as ninfas são móveis em seu primeiro estádio. Após selecionarem um Iocal, introduzem seu estilete e se fixam, não se movendo mais. Os adultos emergem depois de quatro estádios. PrejuízosA B.tabaci é bastante conhecida como vetora de vírus, alguns Iimitantes para a agricultura, como o mosaico-dourado-do-feijoeiro. Todavia, essa nova raça tem se caracterizado por provocar desordens fisiológicas, como o prateamento das folhas em cucurbitáceas, principalmente abóbora, com queda na produção e, também, o amadurecimento irregular dos frutos do tomateiro, depreciando-os comercialmente. Em plantas ornamentais, infesta intensamente a poinsétia (bico-de-papagaio), provocando o aparecimento de fumagina. Prejudica também a comercialização do crisântemo. Medidas de controleAs medidas de controle para a mosca-branca devem ser intensificadas nos períodos mais secos e quentes do ano, quando ocorrem aumentos populacionais do inseto. Medidas gerais:Controle químicoExistem diversos princípios ativos recomendados para o controle da mosca-branca, como Endosulfan (clorado), Aldicarb (carbamato sistêmico) e Imidacloprid (nitroguamidinas), entre outros. As recomendações de uso desses produtos, dosagens, culturas recomendadas, formas de aplicação, período de carência, etc., devem ser obtidas na Casa da Agricultura local. -- Usar soluções à base de detergentes caseiros nas concentrações de 0,5 a 1 por cento. -- Trabalhar com alta pressão na pulverização de defensivos químicos, procurando atingir as folhas de maneira homogênea, pulverizando a planta de baixo para cima, de modo a atingir a face inferior das folhas, onde se encontram os ovos, larvas e geralmente o inseto adulto. -- Fazer as pulverizações nas horas mais frescas do dia, de preferência na madrugada e início da manhã, para evitar a evaporação rápida da calda de pulverização. -- Usar defensivos químicos, fazendo a rotação entre produtos de grupos químicos diferentes. Ex.: alternar organofosforados com piretróides ou carbamatos. Fonte: CATI Secretaria de Agricultura e Abastecimento |