Começar.

 

 

 

Como escolher uma BTT.

Antes de mais é de todo conveniente que para além da consulta da Net se documente um pouco através de revistas da especialidade. Passando a publicidade, a Bike Magazine com tiragem bimensal é uma boa fonte de informação.

Por outro lado, se tiver alguém conhecido que se dedique a estas artes peça-lhe uma opinião.

O fundamental é que conheça minimamente o mercado e as diferenças base entre bicicletas. E não se precipite na sua escolha.

Comecemos então por analisar alguns aspectos importantes para a escolha da sua futura btt

O QUADRO

O ponto de partida é o Quadro. Ele é o ponto principal e vai definir o comportamento da sua bicicleta de uma forma irreversivél, daí que uma escolha adequada é da maior importância.

Básicamente existem dois pontos a considerar sendo estes o próprio material de que o quadro é feito e a sua forma ou geometria, - como nós betetistas de" craveira" gostamos de dizer ( aliás vai concerteza notar que neste desporto todos adoram termos técnicos).

Materiais:

Aço
Aluminio
Fibra de carbono.
Titãnio.

O Aço

O aço de Crómio-Molibdénio é talvez o mais utilizado mas existem outros. O aço tem como principais vantagens o preço e a sua elasticidade, mas como não há bela sem senão, o principal ponto negativo é o peso que em ciclismo é um factor a ter em conta. Os fabricantes defendem-se fazendo quadros em que os tubos variam em espessura sendo mais grossos nos pontos de maior esforço, em inglês têm a designação de "Butted". Os quadros trazem quase sempre a indicação da liga em que são feitos sendo o croma-molibdénio 4130 das mais utilizadas em quadros da gama média.

O Aluminio

Os quadros de alumínio são de grande rigidez pelo que a energia aplicada no pedal é melhor aplicada pois não há perdas na torsão do quadro, no entanto esta rigidez pode tornar-se desagradável em pisos muito irregulares ou em percursos longos. O alumínio, como certamente sabe, é de grande leveza mas a nível de resistência fica atrás do aço pelo que estes quadros apresentam tubos de grande diâmetro para compensar, são os chamados "oversize". As ligas mais usadas são as séries 6000 e 7000.

 

Fibra de Carbono

Grande leveza e extrema resistência e uma total imunidade á corrosão são as vantagens deste material sendo no entanto bastante caro.

 

O Titãnio

Este metal utilizado principalmente em aéronautica e mesmo em projectos aeroespaciais, é de grande resistência e grande leveza superando a fibra de carbono. No entanto uma bicicleta em titãnio é algo bastante caro o que faz com que se vejam maioritariamente em competições.

 

A Geometria.

Existem dois tipos de quadros. -Os rígidos, que podem utilizar suspensão somente na forqueta da frente;  e -os quadros de suspensão integral, que permitem utilizar também a suspensão trazeira.

A minha opinião neste assunto é clara. Sem dúvida que uma bicicleta com suspensão total tem vantagens que superam largamente o aumento de peso provocado pela sua existência. E mesmo esse aumento, nos dias de hoje, está a tornar-se insignificante devido á leveza e resistência dos materiais utilizados. Por enquanto estas bicicletas devido ao seu preço estão ainda fora do alcance da maior parte das bolsas dos entusiastas deste desporto, mas este cenário está a mudar.
Outro aspecto é o de que a suspensão trazeira afecta o rendimento do ciclista, contudo    existem alguns típos de "desenho de quadro - Suspensão Activa" em que a forma como a suspensão é integrada torna esse efeito quase nulo. Ou seja, do meu ponto de vista as desvantagens são poucas.
Por outro lado, este tipo de suspensão ajuda a diminuir a fadiga sentida pelo praticante, pois o seu corpo, nomeadamente as costas, deixam de fazer de amortecedor  e aumenta o controlo sobre a bicicleta .                                                                                                                                                                  Logo de início são notórias as francas melhorias nas velocidades de descida e a ultrapassar trechos que antes pareciam insuperáveis. A própria tracção em subida aumenta pois a roda trazeira está em premanente contacto com o chão.

Ainda se pode dividir este tipo de quadro quanto ao tipo de suspensão que utiliza: - Passiva ou Activa.

Exemplos de suspensão passiva.

Mac Pherson.jpg (22367 bytes)   oscilante 2.jpg (23319 bytes)  oscilante.jpg (19995 bytes)

Exemplo de suspensão activa.                         

oscilante3.jpg (23704 bytes)

 

O tamanho do quadro

A forma utilizada pelos fabricantes para ver qual o tamanho do quadro é conseguida através da medição feita entre o tubo do selim e o eixo dos pedais. Ao efectuar a sua   compra pergunte qual é o tamanho mais adequado para si. Contudo, para ter uma noção mais exacta sobre esta matéria e não se sentir enganado, sente-se no selim e com a manivela do pedal alinhada no seguimento do tubo, pouse o calcanhar no pedal. A perna deverá estar direita mas não demasiado esticada. Lembre-se que pode regular a altura do selim mas o espigão onde este está montado não deverá estar nem muito para dentro do quadro nem muito para fora .Regra geral o espigão tem uma marca limite que deve ser respeitada para evitar danos graves no quadro. Coloque agora as mãos no guiador as suas costas não devem estar nem muito esticadas nem muito curvadas. A posição deve ser confortavel lembre-se que vai passar muito tempo assim. Pode ainda mudar o espigão do guiador para alterar a posição.

Por ultimo colocar ambos os pés no chão e ver se tem um espaço livre entre as virilhas e o quadro de mais ou menos  6 a 10 cm para que as manobras sejam facilitadas e as pancadas sejam menos dolorosas.

 

O equipamento

Refiro-me aqui aos grupos de mudanças e desviadores mais utilizados, fazendo uma referência mais alargada ao fabricante japonês Shimano que detêm a grande maioria do mercado. Note-se contudo outras marcas importantes como a Sachs e a Grip Shift.

Os grupos Shimano estão organizados, de forma crescente, da seguinte forma: Altus C90, Acera-X, Alivio, STX, STX-RC, Deore LX, Deore XT e o topo de gama XTR. Para fazer btt o minimo será o Alivio.